As rochas contribuindo para a acessibilidade
“Uma cidade é construída por diferentes tipos de homens; pessoas iguais não podem fazê-la existir.” Aristóteles
As rochas sempre fizeram parte dos projetos urbanísticos, e na atualidade ganham significativa importância diante da necessidade de adequar as cidades para que elas atendam primeiramente as pessoas. Os conceitos de: Design Universal Inclusivo, Design Inclusivo, Arquitetura Inclusiva, Design Acessível, Design para Todos, Acessibilidade na Construção Civil, colocam a sociedade atual para pensar formas de se projetar os espaços com um enfoque diferenciado, com o objetivo de garantir a plena locomoção e que seja desfrutado por todas as pessoas independentemente da idade, habilidade ou condição de saúde.

Diante da priorização dos estudos urbanísticos atuais em prol da melhoria da mobilidade e acessibilidade, as rochas se consagram como o material mais antigo e mais durável utilizado pelo homem, sendo hoje meio para construção destes espaços públicos, que visam garantir a contínua evolução de nossa sociedade.
Ao redor do mundo, muitos espaços apresentam condições favoráveis para receberem todos os tipos de públicos, e estes nos inspiram a seguir na busca pela melhoria dos espaços urbanos.
O conceito atual de criação e melhoria dos espaços urbanos preconizado pelos estudos atuais, basicamente busca que sejam desenhados os espaços englobando todos os tipos de pessoas simultaneamente, o conceito atual prega que antes de se desenhar por exemplo, uma rampa exclusiva para aqueles que tem mobilidade reduzida, que se busque criar espaços que todos trafeguem juntos, inclusive os com mobilidade reduzida, evitando assim até a discriminação destes que se sentem marginalizados no contexto do uso dos espaços urbanos.
Estudos americanos definiram os sete princípios do Design Universal:
– Igualitário: este princípio define que os espaços tem que estar aptos a serem utilizados por todos.
– Adaptável: os espaços devem atender as pessoas com diferentes habilidades, e assim, serem adaptáveis.
– Óbvio: princípio que preconiza que o uso deve ser regido por entendimento que seja simples, intuitivo, claro e evidente.
– Conhecido: informação de fácil percepção e compressão abrangendo os diferentes públicos, como os com dificuldade de visão ou audição, os estrangeiros, enfim, que sejam os espaços pensados para abranger todo este tipo de público.
– Seguro: Previsto para minimizar os riscos e possíveis consequências de ações acidentais ou não intencionais.
– Sem esforço ou com baixo esforço físico: este princípio busca o uso eficiente dos espaços trazendo a facilidade e a interação com os espaços por parte de todos sem esforço que traga inclusive fadiga.
– Abrangente: Este princípio estabelece que as dimensões e os espaços devem estar apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso, independentemente do tamanho do corpo (obesos, anões etc.), da postura ou mobilidade do usuário (pessoas em cadeira de rodas, com carrinhos de bebê, bengalas etc.).
A busca portanto do Design Universal Inclusivo consiste em permitir que todos os tipos de pessoas trafeguem pelos espaços urbanos de forma igualitária, com segurança, e se sintam incorporados ao plano urbano de mobilidade sem distinção, para que possam participar efetivamente nos vários âmbitos da vida social.
Ao redor do mundo, muitos espaços apresentam condições favoráveis para receberem todos os tipos de públicos, e estes nos inspiram a seguir na busca pela melhoria dos espaços urbanos.
Araciene Pessin

