INSPIRAÇÃO DA ÁQUILA: IL ROSONE ROMANICO

Ao longo dos anos atuando no setor de rochas, fui identificando a necessidade de constituir uma empresa que estudasse as rochas principalmente no âmbito de sua aplicabilidade para permitir a ampliação de seu uso. Os inúmeros estudos realizados ao longo de duas décadas de atuação no setor, sempre me convenceram que o setor brasileiro de rochas ornamentais pouco explorava as características de suas rochas naturais como elemento de estruturação, no uso dos maciços, e no design, o setor brasileiro de rochas, assim, buscou se concentrar em difundir o uso das rochas basicamente pelos aspectos cromáticos.

Diante de alguns pedidos de estudos para o desenvolvimento por exemplo de guarda-corpos de ponte maciços, bancos de praças, e peças de estruturação, surgiu a Àquila, e o nome para a empresa surgiu de uma pesquisa que me conectou às minhas origens. Com dupla cidadania (brasileira e italiana), e de fato apaixonada por todo avanço que o Império Romano na Idade Antiga proporcionou ao propor diferentes aplicabilidades para as rochas, eu sabia que seria da Itália a inspiração para criação deste novo projeto.

Neste estudo de minha origem italiana e do uso das rochas ornamentais em território italiano, me deparei com a cidade montanhosa de L’Áquila, que me fez lembrar meu falecido avô paterno, Achiles Pessin, pela semelhança fonética das palavras; nesses estudos, me encantei com as montanhas rochosas que formam L’Áquila, e com a fachada da Basílica de Santa Maria de Collemaggio, uma Igreja Medieval com fachada revestida por completo em mármores branco e vermelho e “il rosone romanico” ao centro que encanta pela beleza e harmonia propiciada a fachada desta Igreja que é a última morada do Papa Celestino V.

Deste momento em diante, me atentei a estudar os “rosones” românicos que estão presentes por toda Itália trazendo mais que beleza aos projetos, as grandes rosas (rosones) são janelas em forma circular na fachada das obras que representam muito mais que apenas um elemento decorativo.

Os “rosones” são elementos posicionados ao centro dos projetos, funcionando como elemento central de composição arquitetônica, posicionados sempre no alto sobre a porta de entrada, eles também possuem função estrutural, aliviando o peso da parede da fachada, e ainda aspecto funcional, por trazer a luz para nave central do projeto pela posição ocupada sempre em ponto superior na fachada.

No simbolismo utilizado ao longo dos tempos com os rosones, temos esse elemento simbolizando também o sol, que marca a vida do homem e direciona seu caminho.

Os arcos externos que formam o “rosone” tem como número frequente a quantidade de doze arcos, simbolizando os doze apóstolos, e os arcos adjacentes quando assim projetados, formam um entrelaçamento complexo e elegante, e assim podemos observar em diversas catedrais da Itália.

Diante desse estudo, não tive mais dúvidas, estava definido o nome Áquila Stone Design, pela lembrança fonética ao meu avô paterno Achiles Pessin, de descendência italiana, que nos deixou um exemplo de integridade, humildade e fé cristã, e pelo impacto que a cidade montanhosa de L´Áquila e a fachada da Basílica de Santa Maria de Collemaggio tinham representado nos meus estudos sobre o uso do mármore.

 O “rosone romanico” por tudo que representa na estrutura, na centralidade, na funcionalidade e no simbolismo dos projetos italianos seria o símbolo perfeito para este projeto que tem como uma das missões,  ampliar o uso das rochas e promover seu conhecimento a partir do estudo, da história e da aplicabilidade das rochas.

O “rosone romanico” de Áquila Stone Design foi desenvolvido incorporando o conceito de entrelaçamento de arcos para trazer beleza, exclusividade e imponência, atributos das rochas ornamentais aplicados também ao símbolo de Áquila Stone Design.

A Áquila é mais que uma empresa, é a realização de um sonho embasado na história italiana do uso expressivo das rochas, na paixão pelo avanço em se propor novas aplicabilidades para as rochas, e na busca constante de se alcançar o progresso a partir do uso das rochas como fez a humanidade ao longo dos tempos.

Araciene Pessin